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quinta-feira, 26 dezembro 2024

Maioria dos bairros de Curitiba tem queda nos furtos e roubos

Curitiba fechou o primeiro semestre com uma importante queda nos furtos e roubos na maioria dos 75 bairros da capital. Apesar dos graves problemas de criminalidade em todo o país, várias ações e investimentos do governo Beto Richa, como a compra de mais de três mil viaturas, contratação 11 mil policiais, e o trabalho preventivo, ostensivo e de investigação, conseguiram diminuir a violência no Paraná e também na maior parte da capital.

A redução atingiu todas as categorias destes tipos de crimes: a residências, a comércio e em locais públicos. Ou seja, mais bairros viram os números caírem em relação ao mesmo semestre de 2016.

Na contagem geral, os roubos – quando há violência ou grave ameaça – diminuíram em 51 bairros, aumentaram em 22 e mantiveram o mesmo número em dois. No Centro, por exemplo, onde há maior aglomeração de pessoas e veículos, o roubo caiu 15%. No Boqueirão, um dos bairros mais populosos da cidade, a queda foi de 18%.

No somatório total de furtos, houve queda em 40 bairros, aumento em 34 e em um deles permaneceu igual. Entre os locais com a maior queda estão Bacacheri (26%) e Capão Raso (20%). No Centro, local com o maior número de ocorrências, a diminuição foi de 5%.

Os roubos a residências diminuíram em 44 bairros da capital e cresceram em 21. Em dez deles, a quantidade deste tipo de delito foi a mesma verificada de janeiro a julho do ano anterior. Declínio expressivo foi detectado, por exemplo, no Xaxim (-56%), Boqueirão (-46%) e também no Jardim das Américas, com menos 61% de ocorrências. No caso dos furtos a residência, houve queda em 51 bairros, aumento em 22 e estabilidade em 2.

“Para que se possa traçar novas estratégias e acompanhar a evolução do crime e as mudanças naturais da criminalidade perante a ação policial, a gente pede para a população que continue formalizando os boletins de ocorrência, porque esse dado é usado no nosso planejamento”, afirmou o secretário estadual da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.

Segundo ele, é importante também que o cidadão compareça nas reuniões dos conselhos de segurança do seu bairro porque ali ele pode avaliar outros fatores que ajudam a reduzir a criminalidade: como a ocupação de imóveis, a iluminação pública, a rede de transporte, situações que a Secretaria pode analisar para aplicar o efetivo e diminuir ainda mais os índices de criminalidade.

Os dados foram contabilizados pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

COMÉRCIO – Os comerciantes também viram os ataques a seus estabelecimentos diminuírem. Foram menos assaltos em 49 dos 75 bairros curitibanos, enquanto em outros 20 as ocorrências aumentaram. Em seis deles, os registros foram iguais. Na região Sul, a mais populosa da cidade, a redução foi robusta na CIC, com 48%, e Boqueirão, com 25% a menos. No Centro, a diminuição foi de 18%.

Declínio também nos furtos em 39 bairros, com aumento em 31 e cinco localidades com a igual de subtração de produtos e valores de 2016.

Com mais policiamento nas ruas, também caíram os registros de furtos e roubos em locais públicos. Os roubos foram menores em 38 bairros e cresceram em 31 (em seis foram iguais).

“A Polícia Civil tem atuado com muita ênfase no sentido de identificar e prender as pessoas envolvidas nos crimes patrimoniais. Várias pessoas foram presas e focamos muito nos receptadores que, na verdade, são os que alimentam os crimes contra o patrimônio. Além do trabalho da Polícia Civil, um importante trabalho preventivo feito pela Polícia Militar resultou nessa redução”, avaliou o delegado-geral da Polícia Civil, Julio Cezar dos Reis.

O trabalho de investigação também levou à prisão vários criminosos nos primeiros seis meses do ano. “Apenas no primeiro semestre, 141 suspeitos foram presos pela Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba. Este número foi possível com prisões quase que diárias de assaltantes e grandes operações, em que diversas quadrilhas foram presas, fazendo com que criminosos que constantemente atentavam contra o patrimônio público fossem retirados de circulação”, disse o delegado-tilutar da Delegacia de Furtos e Roubos, Matheus Laiola.

TENDÊNCIA – O combate aos crimes patrimoniais em Curitiba segue uma tendência geral na queda da violência em todo o Paraná. Nos primeiros seis meses de 2017, o Estado contabilizou o menor número de homicídios dos últimos dez anos para o período, com 1.041 casos. Em relação aos mesmos meses do ano passado, a queda foi de 17,9%, o que representa 227 assassinatos a menos, do total de 1.268 mortes.

Curitiba também contabilizou no primeiro semestre de 2017 o menor número de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) em uma década. Foram 233 mortes no ano passado e 176 este ano, ou – 24,4% homicídios.

Veja AQUI evolução dos crimes por bairros em Curitiba.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 127 | DEZEMBRO/2024

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