O Memorial de Curitiba, no Setor Histórico, ficará até o fim do ano inteiramente dedicado ao Bicentenário da Independência do Brasil. O espaço cultural repleto de referências históricas de Curitiba, do Paraná e do País ganhou nesta quinta-feira (1º/9) mais uma imponente obra de arte: um grande monumento em bronze para eternizar os 200 anos da independência da pátria brasileira.
A obra de 2 m de largura por 2,4 m de altura foi inaugurada pelo prefeito Rafael Greca, ao lado da primeira-dama Margarita Sansone, que fez a leitura de um manifesto ao artista curitibano Rafael Sartori, responsável pela escultura. A inauguração integra a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil, promovida pela Prefeitura e Fundação Cultural de Curitiba em toda a cidade.
“Não podemos desistir do Brasil. Digam aos curitibinhas, aos curitibanos todos da grandeza do País. Na forja do Memorial de João Turin, o grande artista curitibano Rafael Sartori moldou essa linda obra que eternizará a memória da nossa independência”, disse o prefeito Rafael Greca.
Produzido no Ateliê de Escultura do Memorial Paranista, o bronze tem como elemento central a figura de D. Pedro I a cavalo sobre o mapa do Brasil e está instalado na parede em frente ao palco da Praça Iguaçu, contrastando com o grande painel do artista Sérgio Ferro que remete ao descobrimento do Brasil.
Antes da inauguração, o tenor Vitório Scarpi cantou trecho de O Guarani, do compositor brasileiro Carlos Gomes (1836-1896), e depois o Hino Nacional Brasileiro, encantando a plateia formada por autoridades consulares e por curitibinhas e professores das escolas municipais Mirazinha Braga, Batel e Noely Simone de Ávila.
A festa foi seguida da apresentação do Auto da Independência, encenação montada pela Fundação Cultural especialmente para as crianças da rede municipal de educação em todas as regionais.
Além do espetáculo, elas conheceram e ganharam o livro ilustrado As Vidas da Independência, de André Caliman e Magnon Almeida.
O monumento
O escultor Rafael Sartori começou a realizar a obra em abril, concluindo agora em agosto. Repleta de simbologias, a escultura ressalta a exuberância da flora brasileira, retratada sobre os contornos do mapa do Brasil.
Como em uma viagem pelo país, os limites geográficos indicam elementos nativos regionais (araucárias, erva-mate, jabuticaba, café, cacau, caju). Ao Norte, destaque para a árvore da carnaúba, do açaí, do guaraná; ao Centro-oeste, os frutos do pequi. Peixes em cardumes formam os rios das maiores bacias hidrográficas brasileiras: Paraná, Iguaçu, São Francisco, Amazonas, Rio Negro e Madeira.
Exposição
No Memorial de Curitiba também está a exposição Debret 1822 – Independência do Brasil, inaugurada em setembro do ano passado para dar início às comemorações do bicentenário. A mostra reúne reproduções fotográficas de pinturas e desenhos do francês Jean-Baptiste Debret, que retratou o Brasil do início do século 19.
Autoridades
Acompanharam o evento o vice-prefeito Eduardo Pimentel, a secretária municipal da Educação, Maria Silvia Bacila, a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, o cônsul da Bélgica no Paraná, João Casillo, a cônsul de Portugal, Susana Pereira, o chefe do escritório do Itamaraty no Paraná, Paulo Fernando Pinheiro Machado, e vereadores.