A seleção masculina de basquete foi convocada hoje (10) para os Jogos Olímpicos Rio 2016, pelo técnico argentino Rubén Magnano, que divulgou uma lista de 14 atletas, entre os quais o ala Leandrinho e o pivô Anderson Varejão, que disputam a final da NBA – a liga de basquete dos Estados Unidos – pelo time do Golden State Warriors. Dois jogadores pediram dispensa para jogar a pré-temporada norte-americana
A lista completa conta com os armadores Marcelinho Huertas, Raulzinho, Larry Taylor e Rafael Luz; os alas Alex, Benite, Marquinhos e Leandrinho; e os pivôs Anderson Varejão, Nenê, Vitor Faverani, Augusto Lima, Guilherme Giovannoni e Rafael Hettsheimeir.
A apresentação da equipe está prevista para o dia 24 de junho. Até o início dos jogos, Magnano terá tempo de observar cada atleta antes de fazer dois cortes e fechar um grupo com 12 jogadores para jogar em quadras cariocas. Após divulgar a relação de convocados, o treinador comentou sobre o grupo do Brasil nos jogos. A seleção da casa está no chamado “grupo da morte” e enfrentará adversários de peso no esporte.
“Temos um grupo muito duro, sabemos disso. Mas a gente também sabe que, nos últimos anos, temos competido muito bem. A perspectiva é boa. Acredito muito que nossa equipe vai ser competitiva. Todos os jogos vão ser como finais, mas estamos em condições de jogar essas finais”, disse o argentino, treinador da seleção brasileira desde 2010.
O torneio de basquete na Olimpíada divide 12 times em dois grupos. O Brasil está no grupo B, com Argentina, Espanha, Lituânia e Nigéria. A vaga restante no grupo será preenchida por uma das seleções classificadas no Pré-Olímpico Mundial, que será disputado no início de julho. A Espanha é a atual campeã europeia; a Lituânia, vice-campeã europeia; e a Argentina, campeã olímpica em 2004 e maior rival do Brasil na América Latina.
Estão fora da lista os pivôs Cristiano Felício, do Chicago Bulls, e Lucas Bebê, do Toronto Raptors. Segundo Magnano, os dois pediram para ficar fora da convocação, para poder atuar na liga de verão da NBA, uma espécie de pré-temporada norte-americana. O treinador brasileiro mostrou-se frustrado, mas declarou respeito à decisão dos atletas.
“Como sempre falo, respeito muito a decisão do atleta. São decisões pessoais. Mas entender não significa aceitar. Infelizmente não vamos contar com eles. Eles preferem jogar a Summer League do que estar nessa convocação. Vejo uma incompatibilidade, mas respeito”.
Em seu perfil em uma rede social, Felício explicou a escolha. Ele afirmou ter tomado uma decisão “muito difícil”, mas preferiu disputar a liga de verão para poder se firmar no time dos Bulls, onde teve poucas oportunidades ao longo da sua primeira temporada na NBA, mas se destacou nos últimos jogos.
“Foi uma decisão muito difícil, a mais difícil que tomei em toda a minha vida. […] Sei da importância, do que significa vestir a camisa do meu país, mas tenho a consciência de que tenho que trabalhar ainda mais duro, me dedicar e evoluir para conquistar o meu espaço, pensar no meu futuro. Infelizmente, aconteceu tudo ao mesmo tempo”.