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quinta-feira, 26 dezembro 2024

Com mais de 265 mil deslocamentos, curitibanos adotam bikes compartilhadas como opção de transporte sustentável

Em pouco mais de três meses de funcionamento, as bicicletas compartilhadas caíram no gosto dos curitibanos e ajudam a tornar Curitiba uma cidade ainda mais sustentável no trânsito. Atualmente, são 50 estações de bicicletas compartilhadas, com 500 bikes (metade elétricas e metade tradicionais) e um número cada vez maior de usuários ativos, contribuindo para a integração intermodal com o transporte público.

Entre julho e outubro de 2023, a empresa Tembici, responsável pela oferta do serviço em Curitiba, já registrou 265 mil deslocamentos, totalizando cerca de 650 mil km rodados com as bicicletas compartilhadas. O número de usuários ativos aumentou em 178% em comparação com o primeiro mês de funcionamento.

“Percebe-se que a população usa as bicicletas, principalmente na área calma, onde as velocidades não ultrapassam 40 km/h. É recente, mas vemos que as bicicletas caíram no gosto do curitibano”, comenta a superintendente de trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella.

Robson Rocha, estudante da UTFPR e usuário frequente das bicicletas compartilhadas, comenta sua experiência com o novo transporte. 

“Eu estudo na UTFPR, em frente a ela tem uma estação da Tembici. Uso bastante, comprei o plano de 30 dias. Vou pela ciclofaixa, dá oito minutinhos até lá. Antes eu ia a pé, levava em torno de 35 minutos, ou de ônibus, mas ficava mais caro. Agora é só oito minutos e é muito seguro”.

Além de uma medida que deixa o trânsito mais eficaz, com menos congestionamentos, é mais sustentável, devido à redução da emissão de carbono. 

Estações

Os locais das estações foram previamente definidos em conjunto pela Tembici e técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e da Superintendência de Trânsito (Setran), que além do Plano Cicloviário da cidade, avaliaram critérios como proximidade à infraestrutura cicloviária, possibilidades de maior demanda e respeito às questões urbanísticas da cidade.

O projeto tem como objetivo conectar diferentes modais, estando próximo a importantes conexões com o transporte público por estações-tubo e terminais como Cabral, Portão, Guadalupe e Campina do Siqueira, além da Estação Rodoferroviária.

“A integração de bicicletas compartilhadas com o transporte público é fundamental para o aumento da mobilidade urbana sustentável. Por meio dessa iniciativa, é possível ter trajetos mais eficazes e contribuir para a redução do congestionamento e da poluição ambiental”, disse Gabriel Reginato, diretor de negócios e operações da Tembici.

Cidade inteligente e saudável

No mês de novembro, Curitiba recebeu o prêmio de cidade mais inteligente do mundo, principal categoria do World Smart City Awards. Entre as iniciativas da prefeitura que possibilitaram o recebimento da premiação, as bicicletas desempenham um grande papel.

O também estudante Thiago Oliveira Marinho comenta sobre como a iniciativa auxilia no deslocamento de grandes distâncias. “Eu me locomovo bastante, tenho que andar em distâncias mais longas, então preferi pelo aluguel da bike. Como tem pontos das bicicletas perto dos lugares que eu vou, está sendo muito bom para mim, elas me poupam boa parte do tempo que eu levava andando a pé. Foi uma ótima ideia essas bicicletas aqui no Centro”.

Além do deslocamento, as bikes compartilhadas possibilitam aos curitibanos atividades de lazer e exercícios físicos. Das 50 estações da cidade, as mais utilizadas são Parque Barigui I e II, Parque São Lourenço, Praça 19 de Dezembro e Igreja do Portão.

“Ela é um meio de transporte limpo e é um incentivo à atividade física para os curitibanos. E ainda ajuda bastante a desafogar o trânsito, ter essa opção de você pegar a bicicleta em vários lugares é muito bom”, completa Thiago.

Atualmente, a cidade conta com uma malha cicloviária de 280,2 km, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e vias compartilhadas. De acordo com o Plano Cicloviário de Curitiba, até 2025, serão cerca de 400 km.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 127 | DEZEMBRO/2024

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