Enquanto várias capitais já anunciaram reajustes na tarifa de ônibus na virada do ano, Curitiba vai manter a tarifa congelada em 2025. Na contramão de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife, Natal e Belo Horizonte, Curitiba planeja, inclusive, reduzir o valor pago pela população a partir do novo contrato de concessão, que deve ser divulgado até o fim do ano. Hoje, a tarifa é de R$ 6 para curitibanos e moradores da Região Metropolitana usarem a rede de transporte público mais integrada do Brasil. Pelo segundo ano consecutivo, Curitiba não terá reajuste no preço da passagem do transporte público.
“Não teremos reajuste neste ano, mesmo com a data base dos funcionários, em fevereiro, e temos o compromisso de trabalhar para reduzir o valor no novo contrato de concessão do transporte coletivo. Queremos um transporte eficiente, integrado, sustentável e com uma tarifa justa para a população. É o compromisso com quem mais precisa, que usa o transporte coletivo diariamente para trabalhar, estudar, fazer suas atividades”, afirma o prefeito Eduardo Pimentel.
Domingão Paga Meia
Além de manter a tarifa inalterada, a Prefeitura anunciou, nesta quinta-feira (2/1), a instituição da meia tarifa (R$ 3) aos domingos e feriados. O benefício, previsto no Decreto 35/2025, entra em vigor no próximo domingo (5/1) e vale para pagamento em dinheiro e cartões transporte, de débito e crédito.
“Aos domingos, os ônibus rodam com uma ociosidade de 40% a 50%, com cerca de 180 mil passageiros. Queremos que as pessoas possam usar a tarifa reduzida para passear nos parques, ir na missa ou no culto, visitar parentes. Ao mesmo tempo atraímos mais passageiros para o sistema”, diz o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto. O subsídio para a meia tarifa é de R$ 27 milhões por ano.
Tarifa zero para quem precisa
Até o fim do primeiro trimestre a Prefeitura também vai implantar a tarifa zero para quem procura emprego. Pelo programa Tarifa zero para quem precisa, quem tem cadastro no Sine pode ter passagem gratuita de ida e volta para se deslocar para os locais de entrevista de emprego.
Segundo o presidente da Urbs, o subsídio total ao passageiro neste ano para implantar as reduções, a tarifa zero e a manutenção do valor da passagem deve ser de R$ 294,78 milhões, quase o dobro dos R$ 149,45 milhões aportados em 2024, entre recursos do Município e do Governo do Estado.
O subsídio é usado para bancar a diferença entre o custo real do sistema (tarifa técnica) e a tarifa social, paga pelos passageiros, que está em R$ 6. A estimativa é que a tarifa técnica fique, em 2025, em média em R$ 8,56. A diferença, de R$ 2,56 por passagem, é subsidiada pelo poder público.
Tarifa menor fora dos horários de pico
Além da meia tarifa aos domingos, a Prefeitura manterá a tarifa reduzida para algumas linhas de ônibus fora dos horários de pico. O benefício (desconto de R$ 1 sobre o valor da tarifa vigente) entrou em funcionamento em 2019. São 11 linhas com tarifa de R$ 5 entre 9h e 16h com pagamento por cartão transporte.
As linhas que adotam o sistema são 212-Solar, 213-São João, 214-Tingui, 265-Ahú-Los Angeles, 461-Santa Bárbara, 965-São Bernardo, 661-V. Lindóia, 662-Dom Ático, 666-Novo Mundo, 860-V. Sandra e 870-São Braz.
