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sexta-feira, 20 dezembro 2024

Escola desenvolve projeto de robótica e participa de competições

Estudantes do Colégio Estadual Padre Morelli, de Curitiba, participaram de um bate-papo com o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder. O grupo integra a equipe Doctors Machines, projeto de robótica desenvolvido pela escola que atualmente participa de duas grandes competições: a Olimpíada Brasileira de Robótica e a First Lego League. O secretário entregou dois kits Lego de robótica, que serão usados nas próximas etapas da First Lego League.

Ao lado do professor Thadeu Miqueletto, coordenador do Doctors Machines, e do diretor do colégio, Luciano Kaminski, os estudantes falaram sobre o trabalho desenvolvido, as competições e os projetos futuros. Para o secretário da Educação, o comprometimento e a curiosidade dos estudantes são inspiradores.

“Há envolvimento dos alunos com o projeto que estimula a criatividade, a disciplina e o trabalho em equipe. Esse projeto de robótica é um ótimo exemplo de como se incentivar o uso da tecnologia como ferramenta pedagógica. E os resultados são ótimos, não só pelas competições e prêmios que eles trazem para a escola, mas principalmente porque é uma experiência de aprendizagem única”, afirmou Feder.

DOCTORS MACHINES – Coordenado pelo professor de matemática Thadeu Miqueletto, as oficinas de robótica começaram em 2015 de forma tímida. Mas de lá para cá, o time cresceu e hoje é formado por aproximadamente trinta adolescentes que se dedicam de segunda a sexta-feira a projetos inovadores. Além disso, a atividade extraescolar ajuda também a absorver o conteúdo que é visto em sala de aula.

“Tudo o que aprendem dentro do projeto ajuda. Eles trabalham com pesquisa, autonomia, escrita de artigos científicos. Então, tudo isso agrega nas disciplinas dentro do currículo”, explicou.

O colégio Padre Claudio Morelli atende cerca de 1.700 alunos. O diretor Luciano Kaminski destaca três aspectos do projeto para a formação dos estudantes: a identificação com a escola, o impulso para o início de uma vida acadêmica de sucesso e a coletividade, já que tudo é feito em equipe. Ele ressalta que o apoio do governo, por meio da Secretaria da Educação, vai fortalecer o andamento das atividades.

UNIVERSIDADE – Foi participando do Doctors Machines que Giordan Barbosa, 17 anos, encontrou a profissão que deseja seguir. Se antes o jovem tinha planos de cursar design gráfico, a robótica o levou para o curso de engenharia mecânica na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Cursa o primeiro ano. Ele considera a participação no projeto fundamental para a conquista da vaga em universidade pública.

“A gente pesquisa muito sobre alguns conceitos físicos e matemáticos para poder aplicar no robô, aprende sobre biologia, química, história e geografia através dos programas de pesquisa. E nós que precisamos pesquisar, aprendemos mais”, diz. Hoje, como não tem mais idade para competir, Giordan atua como monitor no projeto uma vez por semana.

TECNOLOGIA EM TUDO – Há três anos no projeto, Marjory Bogler, de 15 anos, conta que a robótica mudou a forma como encarava o estudo. “Nunca é chato. É divertido, você tem vontade de estar lá todos os dias, de passar o dia pesquisando sobre formas de realizar algo e ajudar os outros por meio da robótica”, contou.

A garota pretende cursar Medicina e levar o aprendizado do projeto para a profissão. “Quando digo que quero fazer Medicina, me perguntam porque estou na robótica. Acredito que a gente tem que levar a tecnologia para todas as áreas, e eu posso levar para a saúde”.

PREMIAÇÕES – Desde 2016, a equipe do Doctors Machines participa de duas competições importantes: a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e First Lego League (FLL). Na OBR, colecionam os prêmios de melhor escola iniciante e segundo lugar estadual, em 2016; o terceiro lugar estadual, em 2017; primeiro lugar regional e quarto lugar estadual, em 2018; e agora, em 2019, o primeiro lugar regional e a quarta posição da etapa estadual, além do título de melhor escola pública do Paraná.

Na FLL de 2016, ainda como iniciantes, os alunos foram divididos em duas equipes e conquistaram o sétimo e o oitavo lugar. No ano seguinte, em 2017, ficaram com a terceira posição a nível estadual e ganharam uma vaga na competição nacional. No ano passado conseguiram o quinto e o segundo lugar no estadual e foram para o Rio de janeiro, na competição nacional.

Agora, eles se preparam para a FLL 2019. A proposta desse ano é usar a tecnologia na resolução de problemas da vida real. Eles precisarão identificar alguma falha em espaço público e oferecer, com programação, robótica e automação, a solução ideal.

PORTAL EDUCACIONAL – Ao final da visita, os alunos se reuniram em uma sala do Departamento de Tecnologias Educacionais (DTE) da Secretaria da Educação e acessaram o novo Portal Educacional, que a partir de novembro estará repaginado. Os estudantes deram sugestões de conteúdo, layout e possíveis adequações que podem ser feitas.

O novo portal foi desenvolvido pela equipe do DTE com base em sugestões de alunos e professores para atender da melhor forma as necessidades dos usuários.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 127 | DEZEMBRO/2024

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