Quando eu digo “Eu prometo”, eu estou me comprometendo comigo mesmo. Estou fazendo uma promessa que deve ser cumprida por mim e por mim somente, pois estou empenhando o meu nome, a minha integridade, o meu caráter. Aproxima-se o fim de ano, quando as promessas de presentes, de novas atitudes, de redefinir a vida parece que virão no saco do papai noel. E assim como o saco do papai noel, tudo vira ilusão porque não há um comprometimento genuíno, autêntico, cárdio. Falamos o que queremos, mas não produzimos o que almejamos.
Ano após ano, promessa após promessa, o homem tem dito que fará o seu melhor, que trabalha para que a humanidade tenha mais justiça, igualdade e comida. Ano após ano vemos o avanço financeiro, dos que ficam cada vez mais ricos. Vemos o avanço da miséria, daqueles que já estavam na miséria. Vemos o avanço tecnológico se distanciando velozmente daqueles que não sabem ler, embora se diga que todo avanço social e científico é para o bem da humanidade. Contudo vemos que há distintamente duas humanidades no mesmo planeta, uma pequena parcela que se beneficia da grande parcela que se maleficia. Cientistas se comprometem com a ciência; políticos, com a política; banqueiros, com seu banco. Ambientalistas, com o meio-ambiente; artistas, com a arte; industriais, com as suas indústrias.
Não é o certo? Sim, se o benefício de todos esses segmentos fosse estendido a toda a humanidade. E não é? Infelizmente, não. Se assim fosse, haveria fome? Haveria abismo social? Favelas e guetos? Haveria falta de saneamento básico? De atendimento hospitalar? Haveria tanta peste e tanta guerra? Ao dizer perante o oficiante do casamento “Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe”, poucos entendem a profundidade de suas palavras, raríssimos se comprometerão até o fim, infelizmente a maioria se esvai diante da primeira dificuldade encontrada. Todos querem ser felizes, mas todos querem fazer a outra parte feliz? Comprometer-se cobra um preço, de aceitação do outro, de compaixão pelo outro, de doar-se ao outro.
Todavia em uma promessa devemos crer, pois foi o Filho de Deus quem o disse, e nela não há dolo, não há engano, não há falsidade, não há interesse próprio “Vocês, também, fiquem alertas, porque o Filho do Homem vai chegar quando não estiverem esperando” (Lucas 12:40). E prosseguiu: “E Jesus terminou, dizendo: —Portanto, fiquem vigiando porque vocês não sabem qual será o dia e a hora” (Mateus 25:13). Nesta promessa devemos confiar porque foi o próprio Deus quem se comprometeu com aquele que crer em sua Palavra. Lendo a Bíblia, podemos conferir as promessas divinas sendo cumpridas, por que não crer em mais esta que nos levará de volta a uma vida de paz eterna, de saúde eterna e de alegria eterna?