O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentou variação negativa de 0,93% em maio, após um recuo de 1,10% em abril e uma alta de 0,82% em maio do ano passado. No acumulado desde janeiro, a taxa caiu 1,29%. Já em 12 meses, há uma elevação de 1,57%, resultado que serve de base para o cálculo da renovação dos contratos do aluguel e para outros tipos de contratos.
A pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com base na variação de preços coletados entre 21 de abril e 20 de maio em três componentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com recuo de 1,56% ante uma queda de 1,77%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) que passou de 0,33% para 0,29% e , em maio, ante 0,33%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) com alta de 0,13% após uma baixa de 0,08% em abril.
Recuo das commodities
No grupo do IPA, a principal influência para a queda na média dos preços partiu dascommodities (produtos com cotação no mercado internacional) com recuo de 5,26% ante uma variação negativa de 5,22% em abril. Os destaques foram minério de ferro (de -5,24% para -18,20%), cana-de-açúcar (de 0,11% para -3,86%) e leite in natura (de 3,68% para 0,93%).
No período, ocorreu elevação da soja (em grão) (-9,38% para 3,25%); dos bovinos (de -2,79% para 0,33%) e, no caso do milho (em grão), há um movimento de recuperação de preços. A cotação deste grão teve uma redução média de 6,13%, taxa que é bem menos expressiva do que a de abril (-14,52%)
Em relação ao IPC, quatro das oito classes de despesa tiveram decréscimos e a principal colaboração foi constatada em alimentação (de 0,90% para -0,13%). Já o INCC indicou uma reversão com taxa de 0,13% ante uma diminuição de 0,08%, refletindo o custo da mão de obra em 0,27% após ter apresentado estabilidade, em abril.