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quinta-feira, 6 fevereiro 2025
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Será que filme brasileiro ganha Oscar?

O crítico Nigel M. Smith, do jornal britânico The Guardian, torce para que o filme brasileiro Aquarius esteja na disputa pela estatueta de melhor filme estrangeiro.

O Oscar de 2017 ainda está distante, mas o filme brasileiro Aquarius já está sendo cotado para disputar a maior premiação do cinema. O crítico Nigel M. Smith, do jornal The Guardian, colocou o filme de Kleber Mendonça Filho como uma de suas apostas para concorrer ao troféu do ano que vem  na categoria de melhor filme.

Aquarius_(filme)

Segundo o jornalista, Aquarius, que estreou no Festival de Cannes, merece a indicação. Ele dividiu suas apostas em três categorias: os filmes que certamente poderão ser nomeados, os que têm grandes chances de concorrer e os que deveriam concorrer. Aquarius está na terceira categoria, porque segundo ele, o filme é menos “comercialmente amigável” do que o tipo de filme estrangeiro que o Oscar tende a privilegiar nas principais categorias.

O crítico chama atenção para a atuação de Sónia Braga no papel da protagonista Clara, mas observa que ela mesma dificilmente concorreria ao prêmio de melhor atriz. Segundo ele, a Academia de Hollywood raramente abre espaço para filmes em língua estrangeira nas categorias de atuação.

Aquarius será distribuído em mais de trinta países. O filme ainda não tem data de estreia prevista no Brasil.

O Brasil já tentou disputar o prêmio na categoria o Melhor Filme Estrangeiro em 2016 com o filme “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, mas fracassou.

O país não tinha um filme indicado na categoria de melhor longa de idioma estrangeiro desde 1999, quando concorreu com “Central do Brasil”, produção dirigida por Walter Salles e protagonizada por Fernanda Montenegro.

Entre os outros destaques do ano estão “A Garota no Trem” (The girl on the train, em inglês), “Silêncio” (Silence),”Jogo de Dinheiro” (Money game), “Procurando Dory” (Finding Dory) e outros.

O Oscar é um prêmio entregue anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada em Los Angeles, Califórnia, em 11 de maio de 1927. Os Oscares são entregues pela Academia, em reconhecimento à excelência dos profissionais da indústria cinematográfica. É a mais antiga cerimônia de premiação na mídia e muitas outras, como o Grammy, Emmy e Globo de Ouro, foram inspiradas no Oscar.

Polícia Federal faz buscas na sede do PT em São Paulo

A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão como parte da Operação Custo Brasil desde as 6h de hoje (23) na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), na capital paulista. Por volta das 8h30, a equipe de policiais continuava no interior do prédio, na Rua Silveira Martins, região central.

Oito homens armados do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal fazem a segurança  na parte de fora da sede do PT, auxiliados por policiais militares. A Rua Silveira Martins está interditada para o trânsito de veículos.

A assessoria de imprensa da PF em São Paulo informou que as informações sobre a operação serão fornecidas aos jornalistas apenas às 11h, em coletiva na sua sede na capital. A Custo Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato. As ações são feitas de forma conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

O objetivo é apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Os policiais federais estão cumprindo mandados também no Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e no Distrito Federal.

Sisu: instituições de ensino começam a convocar estudantes em lista de espera

Os candidatos em lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começarão a ser convocados pelas instituições de ensino a partir de hoje (23). Os estudantes devem ficar atentos e acompanhar a convocação na instituição para a qual se candidataram.

O Sisu seleciona candidatos às vagas em universidades federais e estaduais e institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Puderam participar do Sisu os estudantes que fizeram o Enem de 2015 e não tiraram 0 na redação.

O prazo para se inscrever na lista de espera terminou no úlimo dia 17. Puderam participar tanto os candidatos que não foram selecionados em nenhuma das opções na chamada regular quanto aqueles selecionados na segunda opção, independentemente de terem feito a matrícula. A participação na lista de espera está restrita à primeira opção de vaga do candidato.

Nesta edição foram ofertadas 56.422 vagas, em 65 instituições públicas de ensino superior.

Ex-ministro Paulo Bernardo é preso na Operação Custo Brasil

O ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo foi preso preventivamente na manhã de hoje (23), em Brasília, durante a Operação Custo Brasil da Polícia Federal, um desmembramento da Operação lava Jato. O ex-ministro, que deverá ser conduzido para São Paulo, é investigado, segundo a PF, em um esquema de pagamento de propina mais de R$ 100 milhões para diversos funcionários públicos e agentes políticos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre os anos de 2010 e 2015.

“[O pagamento era feito com o objetivo de] permitir que uma empresa e tecnologia fosse contratada para a gestão de crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos”, informou a PF. “A referida empresa repassou mais de 70% de seu faturamento líquido para outras empresas, mediante simulação de contratos de emissão de notas fiscais simuladas, com o único intuito de manter o esquema em funcionamento”, acrescentou a PF em nota.

O advogado do ex-ministro Paulo Bernardo, Rodrigo Mudrovitsch, confirmou a prisão preventiva e afirmou não ver motivo para que seu cliente fosse preso. “A prisão não se justifica. O meu cliente não ocupa mais nenhuma função e sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.”

Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre março de 2005 e janeiro de 2011. No governo da presidenta afastada Dilma Rousseff, ele passou a comandar a pasta das Comunicações, onde permaneceu até janeiro de 2015.

Sete pessoas são presas suspeitas de falsificar diplomas

Sete pessoas foram presas nesta quarta-feira (22) na segunda fase da Operação Volta às Aulas. Elas são suspeitas de envolvimento em um esquema ilegal de falsificação e fornecimento de certificados e históricos escolares de conclusão de ensino fundamental e médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos a Distância.

A ação policial é resultado das investigações do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), da Polícia Civil do Paraná. A operação aconteceu em 11 cidades de três estados: Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Piraí do Sul, Guarapuava, Londrina e Maringá (Paraná), Rio de Janeiro e Nova Iguaçu (Rio de Janeiro) e Cuiabá (Mato Grosso).

Foram expedidos 42 mandados, sendo nove de prisão temporária por cinco dias, nove de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão. Um dos alvos do mandado de condução coercitiva é uma servidora da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed). Desde o início das investigações, a Seed tem colaborado com o Nurce para a elucidação dos fatos.

Dois mandados de prisão, no Rio de Janeiro, não foram cumpridos e eles são considerados foragidos da Justiça, porém um deles já entrou em contato com a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro informando que vai se apresentar. Durante o mandado de condução coercitiva e de busca e apreensão na casa de um dono de uma das escolas envolvidas no esquema, em Curitiba, os policiais apreenderam munição restrita. Luiz Gerônimo Perusso, responsável pelo Curso Síntese, foi autuado em flagrante e permanecerá preso pelo porte ilegal de munição.

“Tivemos um vasto material apreendido na segunda fase da operação, com foco nessa organização criminosa interestadual”, disse o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita. “A identificação criminal do modus operandi evoluiu muito bem e, tendo identificado participação culposa ou dolosa dos envolvidos, temos a obrigação de informar as instituições de ensino para revisar possíveis documentações falsas entregues nos processos de ingresso”, completou.

O ESQUEMA – De acordo com as investigações do Nurce, o esquema criminoso funcionava assim: pelo menos oito escolas do Paraná referentes à Educação de Jovens e Adultos a Distância cooptava alunos prometendo certificados de ensino médio e fundamental. O valor cobrado de cada estudante chegava a R$ 1,7 mil.

Estas escolas, porém, não tinham autorização para emitir certificados. E em alguns casos as provas eram fraudadas e o aluno sequer ia até as referidas instituições de ensino. Para entregar os certificados aos estudantes, estes cursos a distância recorriam a outras cinco instituições que detinham a autorização – sendo três sediadas no estado do Rio de Janeiro, uma no Paraná e outra em Cuiabá, no Mato Grosso. Os alunos, no entanto, não tinham qualquer contato com as instituições, que apenas recebiam a documentação e emitiam os certificados – o que é ilegal.

Durante os mandados de busca, cumpridos na segunda fase da operação, descobriu-se que toda a documentação dos alunos era enviada por ônibus ou correio para o Rio de Janeiro e Cuiabá para posterior emissão ilegal do certificado. “Com estes certificados falsos, muitos alunos fizeram matrículas em universidades e usaram tais documentos até para a realização de concursos públicos”, explicou o delegado-titular do Nurce, Renato Bastos Figueiroa, que conduziu a investigação. “Cerca de 350 alunos estão sendo investigados para saber se tinham ciência da fraude”, completou.

TERCEIRA FASE – Celulares, computadores e centenas de documentos foram apreendidos na casa dos investigados e na sede das escolas. “Encontramos certificados em branco, documentos das entidades de Cuiabá e do Rio de Janeiro na casa dos alvos de Curitiba e vice-versa. A remessa desta documentação era frequente e feita por ônibus entre os estados”, disse Figueiroa. “Nos depoimentos foram citados mais cursos e pessoas que estariam envolvidas no esquema, o que pode ensejar uma terceira fase da operação”, adiantou o delegado.

Uma planilha apreendida pela polícia na casa de um investigado mostra o fluxo financeiro. De março a novembro de 2015, apenas uma escola repassou R$ 91 mil ao Instituto Brasileiro de Ensino à Distância (Ibed) que fica em Curitiba. Em depoimento, o empresário confessou a irregularidade e sabia que o esquema era ilegal. O dono do Ibed no Paraná está entre as pessoas presas durante a segunda fase da Operação Volta às Aulas. As pessoas presas vão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato e falsidade ideológica.

OPERAÇÃO – Mais de 120 policiais civis participaram da operação deflagrada nesta quarta-feira, entre eles policiais do Nurce, Nuciber (Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos), Nucria, Delcon (Delegacia do Consumidor), das delegacias de Londrina, Maringá, Guarapuava, Ponta Grossa e Piraí do Sul, além de policiais civis de Mato Grosso e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), unidade de operações especiais do Estado do Rio de Janeiro.

DESDOBRAMENTO – A ação desta quarta-feira é um desdobramento da primeira etapa da operação. Em dezembro 2015, o Nurce já havia prendido seis pessoas e cumpridos 23 mandados de busca e apreensão encontrando uma série de documentos que permitiram a seqüência nas investigações. “Com os documentos e depoimentos colhidos na primeira fase foi possível mapear e identificar a amplitude do esquema criminoso, que se alastrava para outros estados”, disse o delegado.

A polícia havia investigado duas empresas, a Interathyvo e a Paraná Cursos, que cobravam de R$ 1,3 mil até R$ 1,7 mil dos alunos e falsificavam provas e documentos pessoais enviando ao Instituto Brasileiro de Ensino à Distância (Ibed), que detinha habilitação legal para emitir os diplomas e certificados.

Cursos investigados nas duas fases da Volta às Aulas:

Sydheral Cursos Preparatórios Ltda (São José dos Pinhais)

Curso CDF Vestibulares Ltda. (Londrina)

Curso Cead Unifass (Guarapuava)

Curso Microlins (Ponta Grossa)

Síntese Cursos (Curitiba, atual Estação Educar)

Paraná Curso (Curitiba)

Centro Educacional Cuiabá — Ceduc (Cuiabá, MT)

Centro Educacional Pódio (Nova Iguaçu, RJ)

Instituto Brasileiro de Ensino à Distância — Ibed (Curitiba)

Instituto Latino (Rio de Janeiro, atualmente fechado)

Colégio Futura (Rio de Janeiro, atualmente fechado)

Interathyvo Cursos Preparatórios (Curitiba)

Curso Demed (Ponta Grossa, atualmente fechado)

Escola Zeus (Piraí do Sul)

Nossa Feira – Preço regulado beneficia consumidor e produtor

Nos 15 pontos do programa Nossa Feira, o consumidor encontra cerca de 30 tipos de frutas, verduras e legumes a preço único: R$ 1,99 o quilo. Quem compara o preço, até 40% menor com o praticado no varejo convencional, pode ficar intrigado. Mas a diferença tem explicação: os produtos do Nossa Feira chegam ao consumidor sem passar por atravessadores e vêm de cooperativas que, ao contrário de empresas privadas, são isentas do pagamento de uma série de impostos.

A política de incentivo fiscal para cooperativas visa estimular esse modelo de negócios e aumentar o valor agregado dos produtos de cooperados. As cooperativas agrícolas são isentas do pagamento de alguns impostos, como PIS, Cofins e Imposto de Renda.

“O ato cooperativista tem tributação próxima de zero. Por ser cooperativa tem vários incentivos, e por isso se fala em repasse quando há negociação entre cooperativas associadas”, explica o presidente da Cooperativa Agrícola Familiar de Colombo (Cooacol), Leandro Cavassin, que administra cinco pontos do programa Nossa Feira.

O modelo de feiras implantado pelo Município tem as cooperativas como permissionárias autorizadas a realizar a venda direta ao consumidor. Em outra ponta, um consórcio inédito de cooperativas para vendas no varejo, a ser oficializado, garante a variedade de produtos.

Essa estratégia gera economia em cadeia e alcança os interesses de todos os envolvidos, sem perder o foco de programa social que tem como meta o incentivo à agricultura familiar e a promoção da saúde pelo alimento. “Diminuindo a carga tributária é possível pagar mais para o produtor e conseguimos repassar com preço melhor para o consumidor”, afirma o presidente da Cooperativa de Processamento Alimentar e Solidária de São José dos Pinhais (Copasol), Amélio Valaski. Permissionária desde o início do programa, a cooperativa atua em 10 pontos e em um sacolão.

A Secretaria Municipal do Abastecimento é a responsável pelo gerenciamento do programa e pela articulação logística. Entre outros aspectos, a logística inclui a regularização junto às demais secretarias municipais envolvidas para a instalação de pontos e a aproximação de cooperativas em torno do programa. Outro aspecto positivo, já que a instalação das feiras tem baixo custo, basicamente de uma tenda onde são expostos os produtos com preço regulado. O preço livre é praticado por segmentos complementares, como o tradicional pastel de feira, pães, bolos, bolachas, embutidos e outros, localizados do lado de fora da tenda.

Desta forma, consumidores e cooperativas são corresponsáveis pelo funcionamento das Nossas Feiras. É o que torna o programa autossustentável, com economia de recursos públicos, de grande abrangência e importante impacto socioeconômico.

Economia

Ao mesmo tempo em que beneficia agricultores familiares, cooperativas e Município, o sistema oferece à população, principalmente de baixa renda, a opção de consumo de alimentos saudáveis e de boa qualidade a preços acessíveis, atualmente R$ 1,99 o quilo para aproximadamente 30 itens. Se comparado ao mercado convencional, o valor da pauta referencial de frutas, verduras e legumes, definida pela Prefeitura de acordo com as safras e a época do ano (primavera/verão e outono/inverno), representa para o consumidor uma economia média de 40%. “Neste ano, a alta de alguns itens, como batata, cebola, tomate, em momentos de forte oscilação de preços no atacado, elevou o preço médio de varejo, de forma que nas Nossas Feiras chegou a representar uma economia de até 53%”, enfatiza o secretário municipal do Abastecimento, Marcelo Munaretto.

Economia confirmada semanalmente por Luzia Rojas Gavilan, de 53 anos, com renda mensal de um salário mínimo. A aposentada é uma das clientes assíduas do programa social desde 2014, quando foi instalado um ponto da Nossa Feira no bairro em que mora, o Boqueirão. “Melhorou 99%, a qualidade, a quantidade de opções”, diz ela.

Luzia disse que antes tinha dificuldade de encontrar folhosas de qualidade, mas que agora volta para a casa com a sacola cheia e consegue comprar tudo, gasta cerca de R$ 30 por semana. “Compro bastante frutas, legumes e folhosas. Se fosse comprar em outro lugar acho que gastaria o dobro. Compro mais, melhorou nesse sentido e também na qualidade.”

Preço fixo

Se o preço fixo é bom para o consumidor, é sinônimo de segurança para as safras do agricultor familiar. No atacado, os preços estão sujeitos as oscilações de mercado, seja pelas condições climáticas ou pelos humores econômicos, além da atuação de atravessadores. Fatores de insegurança e perda de valor dos produtos. Os agricultores cooperados sofrem com as mesmas oscilações; porém, o contexto em que as cooperativas estão inseridas no programa Nossa Feira imprime equilíbrio na fixação de preço. Os produtores ganham no preço fixo pelo fluxo de vendas diretas para o consumidor que, por sua vez, promovem a circulação rápida do dinheiro.

“A maioria dos agricultores não tem garantia de preços. Nesse programa tem a garantia do preço e todos ganham, tanto o produtor como o consumidor final”, afirma Leo Giliet, funcionário da Cooperativa da Agricultura Familiar Integrada de Cerro Azul (Coopafi). A maior parte dos produtos vendidos nas Nossas Feiras é de cooperativas, com isenção de impostos. Apenas uma pequena parte – por quebra de safras, pela pequena produção ou porque não há produção no estado – é adquirida pelas permissionárias na Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa). Um exemplo é o mamão, só vem da Bahia e custa mais caro.

Cooperativismo

Ainda que as compras feitas pelas permissionárias na Ceasa tenham incidência de impostos, os produtos comercializados pelo cooperativismo compensam aqueles adquiridos fora. “O preço entre cooperativas é 60% menor. Se na Ceasa custa R$ 3, entre cooperativas vai custar cerca de R$ 1,30, por causa da parceria. Se der uma quebra no preço, vai pagar R$ 1,30, e se der alta, da mesma forma”, calcula Cavassin, presidente da Cooacol. As duas cooperativas licitadas já têm outras cinco cooperativas associadas a elas para o intercâmbio e a negociação de produtos. O consórcio de cooperativas, a ser oficializado, deverá regulamentar e formalizar a relação entre a rede.

A proposta de criação do consórcio foi desenvolvida em parceria entre a Secretaria Municipal do Abastecimento e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater). “Esse consórcio de cooperativas com finalidade comercial é o primeiro no país”, afirma o técnico de cooperativismo e associativismo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater), José Custódio Guimarães.

O diretor de Feiras e Mercados, o engenheiro agrônomo Nivaldo Vasconcellos, da Secretaria Municipal do Abastecimento, que gerencia o programa, enfatiza que o consórcio é importante porque garante a constância e a oferta diversificada para que o consumidor tenha acesso a um mix variado com preço estável. “No consórcio vamos ter cooperativas que estão presentes em diversas regiões produtoras do estado, de diferentes produtos e em condição de produção diferente de solo, clima e com características regionais próprias.”

A receita de economia responsável pelo bom desempenho do programa tem gerado otimismo no setor e o modelo já começa a ser replicado em outros municípios. A Copasol, acabou de assumir um novo sacolão em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Baseado na experiência curitibana, a Emater, segundo Guimarães, pretende levar o projeto para todo o estado com a instalação de outras cooperativas âncoras em municípios que contam com unidades de Ceasa. Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu estão entre as cidades aptas a replicar o modelo.

Por unanimidade, Cunha se torna réu no Supremo pela segunda vez

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu hoje (22) ação penal contra o contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo recebimento de R$ 5 milhões de propina em contas não declaradas na Suíça.

Com a decisão, Cunha vai responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas e passará à condição de réu em duas ações penais que tramitam na Corte, oriundas da Operação Lava Jato.

Os 10 ministros acompanharam o voto do relator, Teori Zavascki, e também entenderam que Cunha é beneficiário e o verdadeiro controlador das contas na Suíça. Para o relator, as provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) comprovam que Cunha recebeu R$ 5 milhões de propina nas contas de seu truste, com o objetivo de ocultar a origem dos valores.

O voto de Teori foi seguido por unanimidade pelos ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Edson Fachin, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello, o presidente, Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Janot

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em sessão plenária no STF (José Cruz/Agência Brasil)
A denúncia foi contra Cunha foi apresentada pelo procurador Rodrigo Janot em março José Cruz/Agência Brasil

Durante sua manifestação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reafirmou que Cunha é o titular das contas na Suíça. “A conta Órion, documentalmente comprovada na Suíça, é de propriedade do senhor Eduardo Cunha. Dela consta o seu endereço no Brasil, cópia de passaporte, visto americano, informações pessoais e profissionais, data de nascimento e assinatura.”

A denúncia foi apresentada por Janot ao STF em março. Em outubro do ano passado, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil documentos que mostram a origem de aproximadamente R$ 9 milhões encontrados nas contas atribuídas a Cunha e seus familiares. De acordo com os investigadores da Lava Jato, os valores são fruto do recebimento de propina em um contrato da Petrobras na compra de um campo de petróleo no Benin, avaliado em mais de US$ 34 milhões.

Barroso: mudança de paradigma

Em seu voto, o ministro Luís Roberto Barroso disse que o modo como são feitas as indicações de diretores das empresas estatais surpreendeu a sociedade brasileira.

Barroso afirmou que, no Brasil, as pessoas ainda se surpreendem com aquilo que já sabem, e que sentiu isso, ao terminar de ler esse processo. “Ou alguém imaginava que os partidos políticos disputavam a indicação de diretores de empresas estatais para fazerem coisa boa? E, aparentemente a opinião pública, a sociedade brasileira se surpreendeu com a circunstância de que a indicação de diretores de empresas estatais por partidos políticos faz parte de uma rotina brasileira há muito tempo. E o propósito era esse mesmo: desviar recursos. É triste. Mas a denúncia demonstra como isso funcionava de uma maneira muito cabal, penosa e dolorosa.”

Barroso ressaltou, porém, que está ocorrendo uma mudança profunda no país. “Assim como, historicamente, se tornou inaceitável discriminar negros, (…) bater em mulher, (…) dirigir embriagado, (…) tornou-se inaceitável a nomeação de parentes para cargos públicos. Eu acho que está em curso no Brasil hoje (…) uma nova mudança de paradigma. Não é mais aceitável desviar dinheiro público, seja para financiamento eleitoral, seja para o bolso.”

Defesa

No início do julgamento, a defesa de Cunha afirmou que o Banco Central (BC) nunca regulamentou a obrigatoriedade de declarar propriedade de um truste no exterior. A advogada Fernanda Tórtima, representante do deputado, acrescentou que, na Suíça, onde as contas atribuídas a Cunha foram encontradas, não há obrigação de declará-las.

Cunha já responde a uma ação penal no Supremo, na qual é acusado de receber US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sonda da Petrobras.

Na terceira e mais recente denúncia que chegou à Corte, ele é acusado de cobrar propina para liberar verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS ) para construtoras nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Recuperação judicial da Oi não afeta clientes neste momento, diz especialista

Os clientes da operadora de telefonia Oi, que entrou com pedido de recuperação judicial nesta semana, não deverão sofrer nenhuma consequência da medida neste momento. Segundo o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, a empresa tem caixa suficiente para continuar operando normalmente até uma solução definitiva do problema.

Para Tude, o mais provável é que credores e acionistas da Oi cheguem a um acordo sobre a dívida da empresa. “Eles estiveram muito próximo desse acordo antes, mas a diferença ficou no percentual que os credores vão passar a ter da Oi. Acredito que nesse processo, que não é nada simples, eles vão acabar chegando a um acordo e não vai haver falência”, diz.

A companhia de telefonia Oi entrou na última segunda-feira (20) na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio com um pedido de recuperação judicial da empresa, incluindo no processo um total em dívidas de R$ 65, 4 bilhões. A recuperação judicial é uma medida para evitar a falência adotada por uma empresa quando ela perde a capacidade de pagar suas dívidas.

A Associação de Consumidores Proteste orienta os clientes da operadora que, caso haja problemas com o serviço, procure as entidades de defesa do consumidor para buscar seus direitos. Segundo a entidade, a situação financeira da empresa não pode afetar a continuidade de um serviço essencial como a telefonia.

No caso de a Oi ter que decretar falência, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá intervir para garantir a continuidade do serviço de telefonia fixa, pois ela é concessionária no segmento. A Anatel determinou que a Oi não poderá transferir ou vender nenhum bem integrante de seu patrimônio sem anuência prévia da agência. Em caso de descumprimento, a empresa poderá ser multada no valor duas vezes superior ao bem alienado ou onerado.

As ações que serão tomadas pela Anatel para assegurar a continuidade dos serviços de telecomunicações prestados pelo Grupo Oi aos seus usuários foram publicadas hoje (22) no Diário Oficial da União. 

A Anatel informou que não vai intervir, neste momento, no processo de recuperação econômico-financeira da operadora. Segundo a agência, caso se faça necessário, a Anatel adotará outras medidas objetivando a proteção do interesse público e dos direitos dos consumidores, bem como a estabilidade sistêmica do setor de telecomunicações brasileiro.

Na avaliação de Tude, os problemas financeiros da Oi começaram no processo de fusão com a Portugal Telecom, anunciado em 2010, quando a Oi assumiu muitas dívidas da empresa, o que acabou levando a um alto endividamento da Oi.

“Ajude um animal”: Catarinenses criam um projeto para proteger cães do frio

Moradores de Lages, em Santa Catarina, criaram um super projeto para proteger os cães de rua das baixas temperaturas que atingem a região Sul do Brasil. Distribuindo casinhas por diversas partes, os responsáveis pelo Ajude Um Animal de Rua vêm garantindo abrigo, conforto e respeito para os animais abandonados na cidade.

Contando com a ajuda de parceiros e voluntários, como a Gerência de Proteção Animal da cidade e a ONG Adote Lages, a iniciativa já conseguiu instalar quase 90 casas para cachorros em Lages. A meta, segundo a idealizadora do projeto, Bruna Carolina Uncini, são 500. A manutenção dos espaços é garantida também pela própria comunidade, que tem fornecido cobertores, água e alimentos para os bichinhos.

De acordo com o Blog Bom Pra Cachorro, as casinhas são construídas por uma empresa de Rio do Sul, com material ecológico e que conserva 40% da temperatura. Custam R$ 106 cada uma, incluindo o transporte. Os custos são cobertos através de doações. Segundo os responsáveis, a ideia já está se espalhando para outros estados.

Informações sobre como ajudar o projeto podem ser obtidas através da página do grupo no Facebook.

Casinhas de cachorro do projeto Ajude Um Animal De Rua, em Lages, Santa Catarina
Projeto Ajude Um Animal De Rua – Lages Sc / Divulgação
Casinhas de cachorro do projeto Ajude Um Animal De Rua, em Lages, Santa Catarina

Quina pode pagar R$ 140 mi na sexta-feira (24)

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Quem apostar na Quina até o próxima sexta-feira (24) vai concorrer ao prêmio de R$ 140 milhões da Quina de São João. O sorteio será realizado, às 20h (horário de Brasília), do dia 24, no Caminhão da Sorte da Caixa, que está na festa de São João em Campina Grande (PB), no Parque do Povo. As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio.

Como nos demais concursos especiais, o prêmio principal não acumula: ganha quem acertar a maior quantidade de números sorteados. A edição do ano passado da Quina de São João pagou R$ 129 milhões.

Como jogar

Para jogar na Quina, basta marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante. Ganha quem tiver dois, três, quatro ou cinco acertos. Se não quiser escolher os números, o apostador pode optar pela surpresinha e deixar que o sistema escolha por ele.