Na última quarta-feira (19), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou a criação da Frente Parlamentar de Trânsito e Mobilidade Urbana, que atuará até o final da legislatura. O grupo será responsável por discutir e propor soluções para os desafios relacionados ao tráfego, infraestrutura viária, transporte público e segurança no trânsito na capital paranaense.
A proposta foi apresentada por um grupo de 10 dos 38 vereadores e justifica-se pelo aumento da demanda por transporte público, o crescimento da frota de veículos particulares e as dificuldades na integração entre diferentes modais. O trânsito congestionado e as altas taxas de acidentes são apontados como fatores que impactam a qualidade de vida dos cidadãos e o desenvolvimento da cidade (422.00009.2025).
Esta foi a sétima frente parlamentar criada neste ano, e terá a participação inicial de 10 parlamentares: Bruno Rossi (Agir), Delegada Tathiana Guzella (União), Fernando Klinger (PL), Guilherme Kilter (Novo), Jasson Goulart (Republicanos), Laís Leão (PDT), Lórens Nogueira (PP), Nori Seto (PP), Pier Petruzziello (PP) e Zezinho Sabará (PSD).
Propositora da frente, Delegada Tathiana defendeu a iniciativa em plenário e explicou que o grupo terá a função de acompanhar a implementação de políticas públicas, promover debates com especialistas e a sociedade, além de sugerir medidas para a melhoria da mobilidade urbana. Entre as pautas que poderão ser discutidas estão a expansão do transporte coletivo, a ampliação da infraestrutura para ciclistas e pedestres e o uso de tecnologia para o controle do tráfego.
“A Frente Parlamentar de Trânsito e Mobilidade Urbana é imprescindível para Curitiba que, segundo dados oficiais de janeiro de 2024, já tinha 1.565.656 veículos cadastrados. É a cidade do estado que mais veículos tem nas ruas e a maioria deles usado por particulares. É quase um carro por habitante. São 7 veículos para cada 10 pessoas. […] E não existe [na CMC] uma comissão exclusiva para a mobilidade urbana e o trânsito”, disse a vereadora, que será presidente do grupo. Ela destacou, ainda, que a frente vai debater as demandas dos motociclistas, motofretistas e motoristas de aplicativos.
“Curitiba cresceu muito. Os números são assustadores. A gente passa muito tempo no trânsito. Ontem, para chegar até aqui [a Câmara Municipal, localizada no Centro de Curitiba], demorei mais de uma hora em um trajeto que duraria 30 minutos, então a coisa está saindo do controle. Nós precisamos, como Legislativo, trazer soluções”, respondeu Laís Leão, que será vice-presidente. As reuniões do grupo serão realizadas periodicamente, conforme a agenda definida pelos integrantes.
O que são as frentes parlamentares?
A criação de frentes parlamentares está regulamentada no ato 3/2013, da Comissão Executiva. Elas são grupos suprapartidários, formados por pelo menos dez vereadores, com a atuação voltada a um tema específico, de interesse da cidade. A frente parlamentar não traz custos adicionais para a CMC, pois às suas atividades é vetada a “contratação de pessoal, fornecimento de diárias, passagens aéreas e demais despesas”. Elas têm direito a solicitar o espaço físico do Legislativo, desde que não haja interferência nas sessões plenárias e nas reuniões de comissões.
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