O famoso ator estadunidense Robin Willians, já falecido, em um de seus melhores filmes, “Sociedade dos poetas mortos”, de 1989, registra uma expressão que eterniza o filme: “Carpe Diem!”. Robin faz o papel de um professor de mente aberta em um colégio ortodoxo nos Estados Unidos de 1959 que faz com que seus alunos tenham pensamentos próprios, que expressem seus sentimentos e realizem os seus sonhos, alcancem seus objetivos, se tornem homens realizados, física, emocional e espiritualmente. Como nós, personagens reais de nossas histórias, temos vivido um dia de cada vez? Quantos de nós queremos viver, hoje, o amanhã?
A expressão “carpe diem” é parte de uma frase de Horácio, poeta romano do século I antes de Cristo, tirada da frase “carpe diem quam minimum credula postero”, escrita em uma de suas Odes, significando “aproveita o dia e confia o mínimo possível no amanhã”. No livro de Eclesiastes, há um versículo que nos aconselha vivermos de modo que a nossa vida seja a melhor possível, “Então entendi que nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder” (Eclesiastes 3:12). A Palavra diz “procurar”, ou seja, há um esforço a ser despendido para que possamos ter uma vida menos “infeliz”, paradoxo? Não, apenas devemos ter uma visão mais positiva, em tudo há um aprendizado, mesmo nas tragédias, nas doenças, ou nas desilusões.
“Viver o melhor que puder” não significa ter de tudo, ser o melhor em tudo, mas contentar-se com o que tem, alegrar-se com o que pode vir a ter, resignar-se com o que pode vir a perder, resignar-se com o que não terá perspectiva de ter. Podemos ver na atitude de Cristo durante Sua passagem na Terra, o quanto Ele aproveitou cada momento de Sua curta vida terrena. Lendo a Bíblia, não percebemos perda de tempo ou palavras vãs proferidas pelo Filho de Deus, mas sim um ensinamento constante do que seria viver o melhor que puder aqui na Terra para também se ter a melhor vida na eternidade. Vivemos em um mundo soberbo, violento, desumano, injusto? Com certeza! Jesus nos diz que é feliz quem é humilde de coração, manso, misericordioso, justo. Qual desses dois grupos apresentados tem paz no coração, vive uma vida equilibrada, é abençoado?
Enfim, muitos de nós vivem no passado, outros de nós vivem “no amanhã”, pouquíssimos vivem o hoje, e é no hoje que podemos tomar as nossas atitudes acertadas. Fazermos o que é certo hoje poderá melhorar a nossa vida no amanhã, se nós estivermos um amanhã, pois o amanhã é apenas uma possibilidade que não depende de nós, mas d’Aquele que tudo criou. Então se a vida é um presente, vamos abri-lo agora, hoje, e aproveitar como uma criança, pura e simples, deleitando-se na oportunidade dada pelo Pai!